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Crianças de rua: O pior de tudo é a indiferença social


Plano de Aula do Filme Ratos de Rua | Animação | De Rafael de Paula Rodrigues | 2003 | 5 min | RJ


Durma ao relento. Busque comida em latas de lixo. Seja ofendido pelas pessoas que passam pelas ruas. Leve algumas cassetadas de policiais. Tenha medo. Descubra na prática o significado da palavra indiferença. Sinta frio. Cheire cola. Use crack. Seja explorado sexualmente. Trabalhe como um escravo. Estas são apenas algumas das experiências as quais são submetidas diariamente inúmeras crianças de rua. A lista é, certamente, maior que esta. O que listamos é apenas o que aparece mais, o que é mais visível aos olhos de todos, o que a sociedade, por vezes, se permite ver...




Objetivos
É inaceitável que tenhamos sequer uma criança perdida nas ruas de nossas cidades. E este drama cotidiano não atinge poucas crianças e adolescentes, são ainda inúmeros, na casa dos milhares, os pequenos que perambulam pelos cantos de metrópoles, médias e até pequenas cidades. Escondem-se, agem na surdina, são como ratos e não seres humanos. Assistir este curta de animação tem como objetivo levar os alunos a pensar o drama cotidiano de pessoas iguais a eles, que não tem família, escola, teto para dormir, alimento...

Situação Didática
Utilize textos de jornais, revistas ou livros didáticos para introduzir a questão dos meninos de rua. Tente articular discussões em relação ao tema apoiando-se em números recentes. Se possível programe visitas a casas de apoio e recuperação de crianças e adolescentes que vivem nas ruas. Neste meio tempo passe o filme e inicie comparações, com base no que foi lido, visto, visitado... A intenção é sensibilizar, fazer com que os alunos sintam na pele o que é esta miserável condição de abandono, descaso, indiferença. Para fechar articule ações de apoio (coleta de roupas, alimentos, remédios) ou outras visitas para ajudar de algum modo os mais necessitados, neste caso, as crianças e adolescentes abandonados.

Comentários
A indiferença é o pior dos sentimentos. Fechar os olhos para o drama cotidiano dos meninos de rua é um dos maiores crimes lesa humanidade que conheço. Não podemos ficar de braços cruzados, temos que articular ações para que esta horrenda situação seja superada. Para isso é preciso sensibilizar, tocar as pessoas, fazê-las perceber que podem se articular e fazer alguma coisa. Temos que fazer a nossa parte!

Pedagogo Autor do Plano de Aula
João Luíz de Almeida Machado