Antes do filme, fez-se uma tempestade mental e estudo dos textos: Duas grandes paixões, o cinema e o futebol; O mito da democracia racial (em geral, os negros não desfrutam do mesmo status dos brancos); a África esquecida em tempos de globalização ( sobre a importância dos povos africanos para a nossa colonização); Os espaços dos indígenas - a quem pertence a terra (esse povo possuía uma organização harmoniosa duramente agredida e transformada pelo processo de colonização); As aflições humanas segundo Bosch (alguns pintores como o flamengo Hieronymus Bosch produziam telas repudiando a escravidão). Fez-se então a socialização em um seminário.
Assistimos ao filme 4 vezes: 1ª- filme corrido; 2ª - discutindo os aspectos históricos e culturais do filme; 3ª - pausando o filme para intervenção dos alunos, comentários, questões e produção da ficha técnica; 4ª - ensaiando a dramatização. Análise dos recortes sob o ângulo da linguagem cinematográfica destacando que qualquer filme representa um discurso, uma tomada de posição em relação ao assunto, neste caso do João, mais conhecido como Maré, por suas histórias, suas lembranças e sua paixão pela capoeira, fomos levados aos aspectos da história e da cultura afro-brasileira que se misturam à nossa e a própria história de vida de Maré Capoeira.
Observamos a forma narrativa e demais recursos. Os alunos elaboraram uma ficha técnica. Registraram elementos, cenários e pessoas, contextualizando os aspectos históricos apresentados com outros conteúdos discutidos em aula, analisando a capoeira de um ponto de vista histórico e os valores básicos à democracia e à cidadania; o respeito ao próximo e a valorização de diferentes saberes; o respeito ao corpo, a necessidade da atividade física para o desenvolvimento psíquico-motor, o auto-conhecimento, a análise crítica de potencialidades e limites individuais. Cada aluno definiu um título e redigiu um poema, paródia ou frase, ou ainda, criou uma gravura, acróstico ou cordel.