|
Educadores
Cadastre-se para registrar os seus relatos de experiência com o uso de curtas-metragens em salas de aula e concorrer a prêmios para você e sua escola.

A vida diante de seus olhos

Filme Utilizado A Pessoa é Para o que Nasce | Documentário | De Roberto Berliner | 1998 | 6 min | RJ



Data da Experiência:19/09/2008

Disciplina(s): Língua Portuguesa

Temas transversais: Cidadania

Nível de ensino da turma*: Ensino Fundamental I

Faixa etária da turma*: de 7 a 10 anos

Nº de alunos que assitiram esta sessão:21

Autor do relato:sheila maria viana do amaral

Instituição:ESC MUL ROSA FIGUEIREDO DE LIMA
| PB | CABEDELO
| Municipal
Objetivos do uso do filme
O presente trabalho teve como objetivo inserir entre os alunos o repeito para com os deficientes visuais e a integração entre eles na sociedade como um todo; a integração dos alunos em uma sociedade sem preconceito e com integração entre as pessoas.

Sequência de atividades envolvendo o filme
Tudo começou com uma conversa informal , perguntando a eles se conheciam alguma pessoa com deficiência visual, e para minha surpresa, além de não conhecerem e acreditavam que essas pessoas não tinha dificuldades em nada . Levei-os para assistir o curta e percebi que eles ficaram impressionados com o relato passado , mas notei que, o que mais chamou-lhes a atenção foi quando elas falaram que "elas só enxergam quando estão dormindo". Ao chegar a sala de aula, chamei-os para fazer uma produção de texto coletiva , onde notei que as palavras que eles diziam ,ficaram sempre no mesmo sentido: pena, tristeza,insatisfação, entre outras. Pedi que formassem duplas e que um colocasse as mãos nos olhos do outro e que fossem até o bebedouro beber água , andar na sala de aula sem bater nas carteiras. Eles perceberam assim que tarefas simples se tornaram uma grande dificuldade pela falta da visão. Levei um DVD de uma banda chamada Tribo de Jha e depois de escutarem duas musicas, perguntei se eles acharam alguma coisa diferente e eles disseram que não. Então revelei que todos os componentes daquela banda eram deficientes visuais, percebendo-se a grande a surpresa deles . Falei sobre cidadania e preconceito. Com a ajuda da diretora consegui um ônibus para fazer um passeio aos pontos turísticos da cidade ,e mais uma vez vendei os olhos de 6 dos alunos. Ao descer do ônibus notei que os alunos escolhidos não queriam participar pois disseram que não tinha graça ficar sem enxergar as coisas . Levei-os para molharem os pés na água do mar e pedi que eles imaginassem como estaria a praia naquele dia . Ao retornar a escola pedi para todos desenhar algo sobre o nosso passeio e vi que aqueles que ficaram com os olhos vendados nada quiseram desenhar e o que desenhou só nos passou tristeza . Foi algo emocionante quando comecei a falar das pessoas que tem qualquer tipo de deficiência e são deixados de lado por nós mesmo. Todos quiseram falar algo para mudar isso.

Comente os resultados da experiência
O objetivo com certeza foi alcançado, pois coisas onde eles colocavam tantas dificuldades antes agora estão fazendo sem tantas reclamações e sempre que alguém fala algo que não pode fazer, algum aluno diz logo "a gente pode fazer tudo com força de vontade pois até quem não enxerga faz" . Citaram exemplos das Paraolimpíadas com atletas superando todas as suas dificuldades, trazendo mais medalhas do que os que não tem deficiência alguma. A satisfação de uma professora ao ver seu trabalho realizado e seus objetivos alcançados é maravilhosa. Acredito que os meus alunos estão preparados para viverem a partir de agora em uma sociedade sem preconceitos e sem barreiras, tendo a certeza que todos nós somos iguais, reconhecendo-se as necessidades e dificuldades individuais.