Fizemos um "círculo de leitura" e conversamos sobre os nomes falados no curta e as relações com santos e personalidades. Passamos às histórias dos nomes dos estudantes e seguimos para o título. Pensamos sobre a expressão "perder a memória" e as possibilidades semânticas, mais imediatas- doença que afeta a memória, perda das lembranças de um indivíduo. Depois, refletimos sobre os desdobramentos, numa dimensão histórica, alcançando a idéia de que a memória coletiva é um patrimônio. Chegamos à perda gerada pela falta de conversa, pela desvalorização do idoso, ou da herança de outras gerações. Antes, foi pedido aos alunos que levassem,para esta atividade, alguns objetos guardados nos seus afetos. Nós, professoras, levamos um pequeno baú, vazio. Criamos uma situação similar à do filme, concretizando a metáfora de preservação da memória, como a da personagem Cristina, ao entregar a Antônio alguns objetos.Cada estudante falou sobre o seu objeto. Construímos analogias entre os objetos e os fatos guardados na lembrança de cada um: nossas "coisas", nossas memórias. A partir de certo ponto, juntariam-se a outras, formando a memória coletiva, momento representado pela ação dos estudantes, ao colocar alguns dos objetos no baú maior. Depois disso, fomos retirando um a um e narramos a construção da memória coletiva que havíamos juntado. Explicitamos a relevância da organização da seqüência de fatos, ao narrar as nossas histórias; mostramos a linguagem como suporte para a sedimentação dos acontecimentos. Exploramos, também, as diferentes versões narradas por Dona Cristina e pensamos sobre as conseqüências desse tipo de texto, que podem levar quem ouve a crenças falsas,apesar de não ser o caso do filme; em outras situações, mudar a versão dos fatos, a colocação das palavras, a ordem dos eventos, pode nos fazer passar de uma narrativa mais "real" a uma "mentirosa". Pedimos aos alunos que registrassem suas impressões sobre a atividade, através de uma produção de texto.