A aula teve início com um pedido meu para que cada aluno fosse até o quadro e escrevesse nele aquilo que eles gostariam de ter como profissão. Perguntei, então, o que eles precisavam fazer para alcançar esse desejo e, depois, que tipo de dificuldades eles acreditavam que poderiam encontrar para realizá-lo. Contei-lhes um pouco sobre o filme que iríamos assistir e sobre a história do grupo "Nós do Morro". Após o termino do curta, perguntei-lhes qual a opinião que tinham com relação a decisão tomada por aqueles três adolescentes em buscar pelo trabalho (de atores) como a certeza de que ele lhes traria melhores condições de vida enquanto abdicavam de uma vida "mais fácil" presa na criminalidade e/ou prostituição. Em seguida, reuni os alunos em grupo para que escrevessem, em uma cartolina, as diferenças entre um adolescente morador da favela e um não-morador. Após a exposição das idéias dos alunos, conversamos sobre os motivos que levam vários adolescentes não-moradores de favelas a não terem o mesmo espírito de luta por esperarem sempre que a vida ou que seus pais resolvam as coisas por eles. Finalmente, fiz perguntas sobre o que eles sabiam sobre prevenção da gravidez e sobre que implicações uma gravidez traz para os adolescentes. Fizemos um levantamento de quantas adolescentes grávidas nós conhecíamos e de como estava a situação de cada uma delas. Por fim, perguntei o que eles achavam da decisão de Dadá em criar seu filho sozinha e falei sobre quantas adolescentes grávidas eu conhecia e que vão dar seus filhos para adoção por não acreditarem ter condições para cuidarem deles. Por fim, fiz um depoimento pessoal sobre as dificuldades pelas quais passa um casal com dificuldade para ter filhos enquanto tantas crianças são abandonadas a cada dia. Como produto final da aula, os alunos fizeram um relatório de tudo o que foi visto em sala onde eles tinham que apontar os proveitos que a aula havia lhes oferecido.