|
Educadores
Cadastre-se para registrar os seus relatos de experiência com o uso de curtas-metragens em salas de aula e concorrer a prêmios para você e sua escola.

"A Arte é o Espelho Social de Uma Época

Filme Utilizado Enquanto a Tristeza não Vem | Documentário | De Marco Fialho | 2003 | 20 min | RJ



Data da Experiência:17/10/2007

Disciplina(s): História

Nível de ensino da turma*: Ensino Fundamental I

Faixa etária da turma*: acima de 18 anos

Nº de alunos que assitiram esta sessão:30

Autor do relato:Carlos Alberto Antunes Carmo

Instituição:C EDUC MUN PROF ALCIDES R PEREIRA
| MG | ITABIRITO
| Municipal
Objetivos do uso do filme
Reconhecer a diversidade de documentos históricos; identificar seus autores, momento e local de produção e compará-los entre si. Investigar o passado em diferentes fontes documentais: leis, letras de músicas, músicas, capas de LP(vinil), notícias de jornais, revistas, pinturas, fotografias, documentários, filmes, livros e charges. Compreender as lutas e as conquistas políticas travadas por indivíduos, classes e movimentos sociais, analisando a História do Brasil e suas relações com a História da América e com diferentes sociedades e culturas do mundo. Reconhecer relações entre a sociedade, a cultura e a arte no presente e no passado, estabelecendo vínculos entre as gerações e seus contextos históricos. Contribuir para a formação intelectual e cultural dos estudantes

Sequência de atividades envolvendo o filme
Trabalhei, do livro didático História em Documento os textos:O que foram os "anos de chumbo" no Brasil? e O Regime Militar (1964-1984) com a leitura de textos e análise de documentos e atividades. Assistimos o Filme: "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias". Assistimos o curta e pedi aos alunos um relatório sobre o filme contextualizando com o período estudado. A partir do livro "Brasil: Nunca Mais", desenvolvi os temas "Aulas de tortura: os presos-cobaias; Modos e instrumentos de tortura; Regime marcado por marcas de tortura. Fizemos a leitura dos textos e debatemos sobre os Direitos Humanos e a ilegalidade da tortura. Com os livros "As Veias Abertas da América Latina" e "Dentes de ferro sobre o Brasil" debatemos como os interesses do imperialismo norte americano patrocinaram o golpe militar no Brasil, entregando às multinacionais dos EUA as riquezas do território brasileiro, inclusive as de nossa cidade Itabirito-MG, hoje de posse da Vale do Rio Doce. Até o final deste anos iremos visitar esta empresa, realizar um plantio de mudas de plantas nativas e protestar contra a privatização fraudulenta da empresa.

Comente os resultados da experiência
Para os alunos todo conteúdo estudado é uma nova experiência. O Regime Militar é um período desconhecido e truculento da História do Brasil, que provoca reações indignadas e surpreendentes nos alunos. Os textos do livro didático revelam um governo autoritário e uma juventude desafiadora e consciente que não se dobra frente ao poderio dos militares. O Livro: "Brasil: Nunca Mais" causou revolta, nojo, ao descobrirem uma realidade da ditadura militar que não é encontrada nos livros didáticos. Trabalhei a seguinte idéia: "A História é escrita pelos vencedores e não pelos vencidos". Salientei as diferenças entre a "História oficial e oficiosa". Com o Livro: "As Veias Abertas da América Latina", discutimos como o imperialismo norte americano arquitetou o golpe militar no Brasil para garantir as riquezas minerais brasileiras às multinacionais dos EUA. AOs alunos estão ansiosos e eufóricos com a visista à Vale do Rio Doce. O Filme: "Enquanto A Tristeza Não Vem" foi interessante e nos possibilitou compreender o período estudado. Os alunos acharam cômicas as cenas de Corisco e do ditador sendo coroado, ficaram tristes com cenas que mostravam a miséria nas favelas e no Nordeste brasileiro, a polícia perseguindo e prendendo manifestantes nas ruas, a pintura do grito que, segundo eles, retratava a dor da tortura e o pau-de-arara. Em seguida, novas relaçòes foram estabelecidas com o livro "Brasil Século XX: Ao Pé da Letra da Canção Popular", quando pedi aos alunos para trazerem capas de LP s dos cantores que produziram as músicas de protestos. Fizemos uma exposição em sala de aula, observamos a moda, os cortes de cabelos, como o espaço das capas dos LP s era usado silenciosamente para protestar contra o regime, observamos os traços de uma geração vanguardista e consciente. Gravei um CD com as músicas e fiz cópias das letras, ouvimos e cantamos as músicas. A atividade segundo os alunos, "foi muito doida".