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Questionamentos intrigantes

Filme Utilizado Minhocas | Animação | De Paolo Conti | 2006 | 15 min | SP



Data da Experiência:16/06/2009

Disciplina(s): Filosofia

Temas transversais: Ética

Nível de ensino da turma*: Ensino Médio

Faixa etária da turma*: de 14 a 18 anos

Nº de alunos que assitiram esta sessão:150

Autor do relato:Andréia Meinerz

Instituição:ESC TÉCNICA ESTADUAL IRMAO PEDRO
| RS | PORTO ALEGRE
| Estadual
Objetivos do uso do filme
- evidenciar o caráter reflexivo da filosofia;
- relacionar pensamento mítico e pensamento filosófico;
- ilustrar as questões existencias básicas;
- estimular a produção escrita.

Sequência de atividades envolvendo o filme
Primeiramente, trabalhalhamos as questões básicas de filosofia , assim como alguns conceitos fudnamentais, usando como referência a obra O Mundo de Sofia: -Quem eu sou? - Qual a a origem do universo? - Para onde vou depois (finitude) Em segundo lugar, o pensamento mítico, com suas histórias fantásticas, como tentativas de respostas a estes enigmas com suas explicações fabulosas acerca dos fenômenos naturais e humanos. Nesta etapa, eles pesquisaram seres mitológicos de várias mitologias, não só a greco-romana) e apresentaram em grupo para os colegas. Feito isso, estudamos as preocupações dos primeiros filósofos (pré-socráticos)em explicar o mundo de uma forma mais racional - filosófica (a busca da arché) Depois, assistimos o filme com as turmas de primeiro ano a fim de ilustrar a importância das perguntas filosóficas e suas possíveis respostas. Após o filme, fizemos debate, onde muitos apontaram questionamentos. Por último, os alunos fizeram suas produções escritas como fechamento do processo.

Comente os resultados da experiência
Durante a exibição do filme, percebia pelos gestos, rumores e gargalhadas que eles e elas estavam gostando do que viam. Curtas-metragens tem a vantagem da brevidade do tempo - visto que nossas aulas de filosofia tem esses escassos períodos semanais - permitindo que as turmas não se dispersem. Por meio dos comentários no debate, a gurizada manifestou suas críticas as verdades das igrejas. E também apareceu a questão das drogas. Ironizando, um menino colocou: será que esta proibição ao uso de drogas ilícitas, como a maconha, não seria como a proibição de "não cavar para cima"? A turma toda se envolveu numa calorosa discussão a respeito de regras, do que é permitido e do que é proibido. E, principalmente, sobre a preocupação dos pais em proteger seus filhos dos perigos do mundo, que são muitos. Ao mesmo tempo, não esqueceram de mencionar a ousadia em romper algumas barreiras - característica da rebeldia adolescente - que se faz necessária para descobrir o novo e constituir uma certa autonomia e identidade de grupo.As produções escritas refletiram os questionamentos levantados, evidenciando a importância do ato de perguntar, a busca de respostas válidas, o medo de não encontrá-las e o perigo que a curiosidade humana pode representar às crenças e dogmas que sustentam verdades.Relato um trecho do texto da estudante da turma 107: "o curta levanta uma pergunta que todos nós fazemos em algum momento: se depois da morte vamos para um lugar maravilhoso, como muitas religiões nos dizem, porque continuamos a viver?Esta, como outras perguntas, são sem respostas comprovadas, concretas, cabe a quem as faz achar uma resposta que mais a agrade. Pois a filosofia é isso: questionar, não só se conformar com o que lhe foi dito. A filosofia sempre está presente não só entre os filósofos, mas em todos nós. Só que isso geralmente é apagado dentro de nós, essas nossas dúvidas, ficamos acostumados a não nos surpreender mais com o mundo, com o simples maravilhoso fato de viver."